Elas começam pequeninas, de aparência inofensiva, chegando como quem não quer nada. Mas, quando menos se espera, tornam-se um problema grande e dolorido. Assim são as tão temidas cáries. Atrevidas, elas não atacam apenas os dentes permanentes, mas também os de leite. E é por isso que os pais precisam ter cuidado e atenção especial com as chamadas “cáries de mamadeira”.
O que são e o que causam as cáries de mamadeira?
Tal qual as cáries comuns, essa infecção se prolifera por meio do acúmulo de açúcares e falta de limpeza da região dental infantil. Como explica o dentista Denis Panhota, da JP Odonto, os riscos se dão em especial pela ingestão de líquidos doces via mamadeira.
“Principalmente a noite, depois da mamada, um resto de líquido fica parado na boca e ao dormir, a salivação diminui também. Esses dois fatores associados a má higienização da boca e gengiva podem causar estragos futuros na dentição da criança”, diz ele.
Emanuella Pinheiro, doutoranda em odontopediatria pela Universidade de São Paulo, explica que “a saliva possui um papel importante na proteção dos dentes contra a cárie, ajudando na reposição de minerais. Portanto, a queda frequente do pH causado pela ingestão de alimentos, no caso, líquidos açucarados, provoca um desequilíbrio da desmineralização e remineralização, processo que resulta na lesão de cárie”.
Ela também ressalta que é importante ficar atento à frequência, quantidade e consistência dos alimentos açucarados. “São fatores que agravam essa exposição, já que alimentos mais pegajosos tendem a ficarem aderidos na superfície do dente por mais tempo”.
Como prevenir?
Caso não seja tratada, a cárie de mamadeira pode prejudicar também na dentição permanente. Por isso, é imprescindível tratá-la assim que identificada, do mesmo modo que a cárie comum.
Mas, como em tantas outras coisas na vida, o melhor remédio é a prevenção. Assim, confira as dicas de Pinheiro e Panhota para evitar esse tipo de cárie nas crianças pequenas: